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[[Ficheiro:US Navy 040628-N-9288T-100 Photographer's Mate 2nd Class Katrina Beeler, assigned to Fleet Combat Camera Group Pacific, fires an Alexander Arms .50 caliber Beauwolf assault rifle.jpg|thumb|350px|Calibre .50 em uso pela [[Marinha dos Estados Unidos]]. Apesar do grande poder de destruição da referida arma, a foto é meramente ilustrativa, visto que a .50 não atende aos requisitos propostos no método para avaliação moderna do poder de parada.]]
'''Stop power''', ou ''' ''poder de parada'' ''', ou
'''Poder de freamento''', é o nome dado para a taxa de perda de energia por unidade de comprimento percorrida por um íon num meio material.
==Surgimento==▼
▲== Surgimento ==
O “poder de parada” ainda é um conceito muito recente. Não se levava em conta o stopping power quando a fabricação de um [[calibre]] quando se usava pólvora negra, até o final do século XIX, pois até aquele período o mais importante era a confiabilidade da [[arma de fogo]]. Somente com o surgimento da pólvora sem fumaça, e conseqüente surgimento de armas mais potentes e compactas, aprimorou-se no estudo de características até então desconhecidas.
Em batalhas ocorridas em [[Filipinas]], o Exército Norte Americano percebeu a deficiência do .38 Long Colt, visto que os nativos eram resistentes a vários disparos desse calibre antes serem postos fora de combate.
O surgimento da [[bala dundum]] se deu pela grande resistência dos indianos que mesmo depois de atingidos vária vezes, enfrentavam os ingleses bravamente. No início era só mais um calibre para armas longas, e o título teve origem no nome da província onde estava o arsenal inglês, província Dum-dum.
Os projéteis hollow points, ou pontas oca, surgiram nesses testes em Dum-dum. Não eram como os [[hollow point]]s que há hoje, mas de chumbo na totalidade ou jaquetados.
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O resultados não apresentaram um relatório conclusivo, até mesmo porque na época não se fazia uso de dados estatísticos, apenas referenciou o que parecia obvio para o período, calibres mais pesados eram superiores. Hoje sabemos que não é bem assim. No entanto se chegou a uma boa conclusão a outro respeito, o tempo de ação que o calibre efetuava sua dinâmica no oponente era decisivo.
No final da [[década de
O estudo digno de nota foi realizado pelo Coronel Chalberlin, em 1930.
:*Após a entrada do projétil, se esse não segue de modo retilíneo, mas rola nos tecidos, aumenta a cavidade;
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:*O movimento dos fluidos internos do corpo provocava lesões em todas as direções.
O [[médico]] militar de nome Flacker, por intermédio de [[necropsia]]s em pessoas atingidas por projéteis de armas de fogo, também analisou o assunto, concluindo que projéteis mais pesados teria maior penetração e maior lesão de tecidos. Hoje é sabido que há uma ''cavidade temporária'' provocada pelo tombamento de alguns projéteis, e isso não foi analisado na época.
Um [[policial]] Norte Americano de nome Fairburn também realizou estudos que concluíram o melhor poder de parada para o [[.357 Magnum]] e que o .38 SPL somente parava o oponente em 25% dos confrontos.
== Primeiro grande estudo significativo ==
[[Ficheiro:Desert-Eagle-chrome-p1030142.jpg|thumb|250px|
[[Ficheiro:5.56 x 45 mm NATO.jpg|thumb|250px|
O primeiro grande estudo significativo para analisar o poder de parada foi de fato realizado em [[Estrasburgo]] - [[França]], em 1991. Participou uma equipe multidisciplinar: médicos, fisiologistas, neurologistas, veterinários, patologistas e especialistas em balística. Muitos [[calibre]]s foram analisados. Foram usadas cabras vivas com dimensões de tórax de porte mais próximo do humano. Foi analisado o tempo que levava para o animal era incapacitado (não morto), por monitoramento de [[eletroencefalograma]].
Com a necropsia, os animais atingidos por estilhaços ósseos ou projéteis atingido o coração ou grandes vasos, ou mesmo animais doentes eram descartados da pesquisa. Tentou-se levar em consideração a trajetória do projétil no tecido.
O [[.357 Magnum]] JHP incapacitava em tempo médio de 7,3 segundos e o [[.40 S&W]] JHP em 7,8 segundos e o 40 S&W Black Talon em 8,6 segundos, o [[.45 ACP]] Hidra-Shock em 8,4 segundos e o 45 ACP FMJ em 13,8 segundos, o .38 SPL LHP +P em 10,7 seg. , já o .38 SPL ponta de chumbo ogival não incapacitou a cabra alvejada, [[.380 ACP]] 90 grains Hidra-Shock em 10,9 seg .380 ACP 95 grains FMJ em 22,8 seg.
==Marshall e Sanow==▼
▲== Marshall e Sanow ==
Entretanto o conceito stopping power como é “definido” hoje firma-se nas pesquisas de Marshall e Sanow, que registraram em livro suas pesquisas de 15 anos até então.
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Nos seus levantamentos o [[.357 Magnum]] continua com sua majestade com 96% de stopping power, mas dependendo da munição chegou a obter stopping power de 73, o [[.40 S&W]] dependendo do projétil variou entre 89 a 94%, o [[.45 ACP]] com Hidra Shock ficou com 89% de stopping power já o .45 ACP FMJ apenas 64%, o .44 Magnum variou de 81 a 89% dependendo da munição, o [[9 mm Luger]] de 62 a 89%, já o .38 SPL variou de 49 a 75% dependendo da munição, e o [[.380 ACP]] variou de 51 a 65% de stopping power dependendo da [[munição]].
É fácil analisar os dados supra e entender que com um revolver calibre 38 pode-se obter semelhante poder de parada que um 9
Conclusões desse estudo obtidos através de análises estatísticas demonstraram também que:
:*Os projéteis mais leves e mais velozes em pontas ocas, têm melhor desempenho de poder de parada. Ao contrário do que se cogitava teoricamente e em estudos primitivos, projéteis mais leves e velozes tem maior poder de parada que os mais pesados, mesmo que tenham também pontas ocas.
:*Para uma melhor obtenção do ''poder de parada'', foi estabelecido como padrão a penetração de 10 a 12 polegadas em [[corpo humano]]. Ou seja, o projétil não deve transfixar o alvo, e sim transmitir toda a sua [[energia cinética]] para o corpo humano.
*[http://74.125.45.132/search?q=cache:n97-WTRWJ3AJ:www.unafisco-rj.org.br/html/Legislacao/PorteArma/A7396.DOC+%22OLIVEIRA,+Jo%C3%A3o+Alexandre+Voss+de%3B+GOMES,+G%C3%A9rson+Dias+e+FLORES,+%C3%89rico+Marcelo.+Tiro+de+Combate+Policial.+2%C2%AA+Edi%C3%A7%C3%A3o,+2000.%22+Poder+de+parada&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br Estudo técnica sobre Poder de Parada da .40 e vantagens sobre a .380]▼
*[http://wesleymarques1.blogspot.com/2009/07/balistica-terminal-e-o-stopping-power.html Balística terminal e Stopping power]▼
*[http://www.firearmstactical.com/marshall-sanow-statistical-analysis.htm Estatisticas de Marshall e Sanow] {{en}}▼
*[http://www.firearmstactical.com/marshall-sanow-discrepancies.htm Críticas aos dados apresentados por Marshall e Sanow] {{en}}▼
== {{Ligações externas}} ==
==Bibliográficas==▼
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*OLIVEIRA, João Alexandre Voss de; GOMES, Gérson Dias e FLORES, Érico Marcelo. Tiro de Combate Policial. 2ª Edição, 2000.▼
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▲== Bibliográficas ==
▲* OLIVEIRA, João Alexandre Voss de; GOMES, Gérson Dias e FLORES, Érico Marcelo. Tiro de Combate Policial. 2ª Edição, 2000.
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[[Categoria:Armas de fogo]]
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