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Banquisa, banco de gelo ou campo de gelo^[1] é água do mar congelada, que começa a formar-se aos -2 °C, originando uma camada delgada que se quebra facilmente. Os pedaços maiores engrossam e aglomeram-se, recolhendo, nas bordas, os pedaços menores: é um gelo em placas. Estes blocos ampliam-se na base e acabam por soldar-se, constituindo, então, o "gelo novo". Transportada pelas correntes marítimas, a banquisa quebra-se e torna a soldar-se, formando, na linha de contato entre os blocos, "arestas de pressão", cristais de gelo com o seu equivalente em profundidade. O gelo estacional forma-se na periferia das zonas polares. Noutros locais, origina a banquisa permanente (ou plurianual), que pode atingir 30 metros de espessura, com arestas de até 70 metros de profundidade. A banquisa pode derreter um pouco à superfície, mas regenera-se em profundidade. O gelo do mar incorpora muito pouco sal (nunca mais de 5 gramas por litro).

Não deve confundir-se a banquisa com os icebergs, que são água doce gelada trazida até ao mar pelos glaciares, nem com a polínia. O termo equivalente a banquisa em inglês é icefield.^[1]

A maior parte da banquisa ártica gira permanentemente no oceano Ártico. Os navios de outros tempos, presos na banquisa, eram, frequentemente, esmagados. Os modernos quebra-gelos conseguem atravessar banquisas com alguns metros de espessura, mas certas regiões continuam inacessíveis; os Arktika conseguiram, contudo, chegar ao Polo Norte em 1977. Desde 1958, submarinos nucleares atravessam o oceano Ártico a norte da Groenlândia por baixo da banquisa.

Etimologia

"Banquisa" origina-se do escandinavo bank-is, "campo de gelo", através do francês banquise.^[1]

Ver também

Banquisa costeira (gelo permanente)
Gelo à deriva

Referências

↑ ^a ^b ^c Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 230

Ligações externas

Commons

O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Banquisa

Rothrock, D.A.; Zhang, J. (2005). «Arctic Ocean Sea Ice Volume: What Explains Its Recent Depletion?». J. Geophys. Res. 110 (C1): C01002. Bibcode:2005JGRC..11001002R. doi:10.1029/2004JC002282
«How Does Arctic Sea Ice Form and Decay?». NOAA Arctic theme page. Consultado em 25 de abril de 2005
«All About Sea Ice». National Snow and Ice Data Center, University of Colorado, Boulder

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[Dicionário-1] Ferreira, A. B. H. (1986). Novo dicionário da língua portuguesa 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 230

[1]

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-{{sem-fontes|data=Maio de 2010}}
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-[[Ficheiro:Arctic ice melt.jpg|thumb|direita|300px|Banquisa derretendo.]]
+[[Ficheiro:Arctic ice melt.jpg|thumb|direita|300px|Banquisa derretendo no [[Alasca]], [[EUA]].]]
-'''Banquisa''' ou '''banco de gelo''' é [[água do mar]] congelada, que começa a formar-se aos -2[[°C]], originando uma camada delgada que se quebra facilmente. Os pedaços maiores engrossam e aglomeram-se, recolhendo nas bordas os pedaços menores: é um [[gelo]] em [[placa]]s. Estes [[bloco]]s ampliam-se na base e acabam por soldar-se, constituindo então o «gelo novo». Transportada pelas correntes marítimas, a banquisa quebra-se e torna a soldar-se, formando, na linha de contato entre os blocos, «arestas de pressão», cristais de gelo com o seu equivalente em profundidade. O gelo estacional forma-se na periferia das zonas polares. Noutros locais, origina a banquisa permanente (ou plurianual), que pode atingir 30 m de espessura, com arestas até 70 m de profundidade. A banquisa pode derreter um pouco à [[superfície]], mas regenera-se em profundidade. O gelo do mar incorpora muito pouco sal (nunca mais de 5 g/li).
+'''Banquisa''', '''banco de gelo''' ou '''campo de gelo'''<ref name="Dicionário">{{Citar livro|último1=Ferreira|primeiro1=A. B. H.|título=Novo dicionário da língua portuguesa|edição=2ª|local=Rio de Janeiro|editora=Nova Fronteira|ano=1986|página=230}}</ref> é [[água do mar]] congelada, que começa a formar-se aos -2 [[°C]], originando uma camada delgada que se quebra facilmente. Os pedaços maiores engrossam e aglomeram-se, recolhendo, nas bordas, os pedaços menores: é um [[gelo]] em placas. Estes blocos ampliam-se na base e acabam por soldar-se, constituindo, então, o "gelo novo". Transportada pelas [[Corrente oceânica|correntes marítimas]], a banquisa quebra-se e torna a soldar-se, formando, na linha de contato entre os blocos, "arestas de pressão", cristais de gelo com o seu equivalente em profundidade. O gelo estacional forma-se na periferia das [[Região polar|zonas polares]]. Noutros locais, origina a banquisa permanente (ou plurianual), que pode atingir 30 metros de espessura, com arestas de até 70 metros de profundidade. A banquisa pode derreter um pouco à [[superfície]], mas regenera-se em profundidade. O gelo do mar incorpora muito pouco sal (nunca mais de 5 gramas por litro).
-Não deve confundir-se a banquisa com os [[iceberg]]s, que são água doce gelada, trazida até ao mar pelos [[glaciar]]es, nem com a [[polínia (glaciologia)|polínia]].
+[[Ficheiro:Polar bears near north pole.jpg|thumb|300px|[[Ursus maritimus|Ursos-polares]] sobre uma banquisa a 280 [[Milha náutica|milhas]] do Polo Norte vendo um submarino nuclear estadunidense emergir]]Não deve confundir-se a banquisa com os ''[[iceberg]]s'', que são [[água doce]] gelada trazida até ao mar pelos [[glaciar]]es, nem com a [[polínia (glaciologia)|polínia]]. O termo equivalente a banquisa em [[Língua inglesa|inglês]] é ''icefield''.<ref name="Dicionário"/>
+A maior parte da banquisa [[Ártico|ártica]] gira permanentemente no [[oceano Ártico]]. Os [[navio]]s de outros tempos, presos na banquisa, eram, frequentemente, esmagados. Os modernos quebra-gelos conseguem atravessar banquisas com alguns metros de espessura, mas certas regiões continuam inacessíveis; os [[Arktika]] conseguiram, contudo, chegar ao [[Polo Norte]] em [[1977]]. Desde [[1958]], [[Submarino nuclear|submarinos nucleares]] atravessam o oceano Ártico a norte da [[Groenlândia]] por baixo da banquisa.
-[[Ficheiro:Polar bears near north pole.jpg|thumb|direita|300px|Ursos polares vendo um submarino nuclear.]]
-A maior parte da banquisa [[Ártico|ártica]] gira permanentemente no [[Oceano Ártico]]. Os [[navio]]s de outros tempos, presos na banquisa, eram frequentemente esmagados. Os modernos quebra-gelos conseguem atravessar banquisas com alguns metros de espessura, mas certas regiões continuam inacessíveis; os [[Arktika]] conseguiram, contudo, chegar ao [[Pólo Norte]] em [[1977]]. Desde [[1958]], submarinos nucleares atravessam o oceano Ártico a norte da [[Gronelândia]] por baixo da banquisa.
+== Etimologia ==
-{{DEFAULTSORT:Banquisa}}
+"Banquisa" origina-se do [[Línguas nórdicas|escandinavo]] ''bank-is'', "campo de gelo", através do [[Língua francesa|francês]] ''banquise''.<ref name="Dicionário"/>
-[[Categoria:Oceanografia]]
-{{siw}}
-== {{Ver também}} ==
+== Ver também ==
+*[[Banquisa costeira]] (gelo permanente)
-* [[Iceberg]]
+*[[Gelo à deriva]]
-* [[Polínia (glaciologia)|Polínia]]
+{{Referências}}
-[[Categoria:Glaciologia]]
+== Ligações externas ==
-[[br:Morskorneg]]
+{{Commons|Category:Sea ice}}
-[[ca:Banquisa]]
+* {{citar periódico |último1=Rothrock |primeiro1=D.A. |primeiro2=J. |último2=Zhang |título=Arctic Ocean Sea Ice Volume: What Explains Its Recent Depletion? |periódico=J. Geophys. Res. |volume=110 |número=C1 |ano=2005 |páginas=C01002 |doi=10.1029/2004JC002282 |bibcode=2005JGRC..11001002R}}
-[[chr:ᎠᎺᏉᎯ ᎤᏁᏍᏓᎳ]]
+* {{citar web|título= How Does Arctic Sea Ice Form and Decay?|obra= NOAA Arctic theme page|url = http://www.arctic.noaa.gov/essay_wadhams.html|acessodata=25 de abril de 2005 |ref={{harvid|NOAA Sea Ice essay}}}}
-[[da:Havis]]
+*{{citar web|título=All About Sea Ice |publicado=National Snow and Ice Data Center, University of Colorado, Boulder |url=http://nsidc.org/cryosphere/seaice/ |ref={{harvid|NSIDC All About Sea Ice}}}}
-[[de:Meereis]]
-[[en:Sea ice]]
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