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Palácio dos Chavões: diferenças entre revisões

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Sabe-se que em [[1382]], era designada como "Casa dos Chavões" e que já estava habitada. Nesta mesma data, o cavaleiro [[Lourenço Gonçalves]], proprietário e possivelmente seu edificador, deixou a propriedade à [[Igreja de Santo Estevão]] de [[Santarém]]. Até meados do [[século XV]], a "Casa dos Chavões" ficou integrada nos bens do templo escalabitano citado atrás, passando, em [[1468]], novamente à propriedade particular.
Sabe-se que em [[1382]], era designada como "Casa dos Chavões" e que já estava habitada. Nesta mesma data, o cavaleiro [[Lourenço Gonçalves]], proprietário e possivelmente seu edificador, deixou a propriedade à [[Igreja de Santo Estevão]] de [[Santarém]]. Até meados do [[século XV]], a "Casa dos Chavões" ficou integrada nos bens do templo escalabitano citado atrás, passando, em [[1468]], novamente à propriedade particular.


Desde meados do século XV foi pertença de vários particulares (Afonso de Matos, Francisco de Matos, Simão de Matos, Diogo de Matos, Francisco Tristão, Manuel Coelho e Ana Lobata). Em [[1590]], a Quinta dos Chavões tornou-se propriedade de [[Rui Teles de Menezes]], senhor de [[Unhão]]. Foi também Rui Teles de Menezes quem, no início do [[século XVII]], propôs obras na estrutura do [[paço]] medieval, transformando-o num [[solar]] maneirista de grandes dimensões. Nos Chavões esteve também [[Pedro III de Portugal|D. Pedro II]], sendo este local palco de secretas reuniões dos seus conjurados, e que em [[1640]] proclamaram a [[Restauração da Independência]], face ao domínio de [[Espanha]].
Desde meados do século XV foi pertença de vários particulares (Afonso de Matos, Francisco de Matos, Simão de Matos, Diogo de Matos, Francisco Tristão, Manuel Coelho e Ana Lobata). Em [[1590]], a Quinta dos Chavões tornou-se propriedade de [[Rui Teles de Menezes]], senhor de [[Unhão]]. Foi também Rui Teles de Menezes quem, no início do [[século XVII]], propôs obras na estrutura do [[paço]] medieval, transformando-o num [[solar]] maneirista de grandes dimensões. Nos Chavões esteve também [[D. Pedro II]], sendo este local palco de secretas reuniões dos seus conjurados, e que em [[1640]] proclamaram a [[Restauração da Independência]], face ao domínio de [[Espanha]].


Ao nível estético, o palácio tem um pátio quadrangular central, e desenvolve-se numa planimetria em "U", muito comum na arquitectura senhorial seiscentista. A fachada principal apresenta muitas semelhanças com o palácio quinhentista da [[Quinta das Torres]] de [[Azeitão]].
Ao nível estético, o palácio tem um pátio quadrangular central, e desenvolve-se numa planimetria em "U", muito comum na arquitectura senhorial seiscentista. A fachada principal apresenta muitas semelhanças com o palácio quinhentista da [[Quinta das Torres]] de [[Azeitão]].

Revisão das 11h16min de 21 de outubro de 2008

O Palácio dos Chavões fica localizado dentro da Quinta dos Chavões - herdade com cerca de 180 hectares - na freguesia de Vila Chã de Ourique, em Portugal. Este monumento foi umas das mais imponentes residências senhoriais do Ribatejo. A sua fundação data do século XIV, sendo apontada a data de 1345 para a edificação do núcleo primitivo da casa.

História

Sabe-se que em 1382, era designada como "Casa dos Chavões" e que já estava habitada. Nesta mesma data, o cavaleiro Lourenço Gonçalves, proprietário e possivelmente seu edificador, deixou a propriedade à Igreja de Santo Estevão de Santarém. Até meados do século XV, a "Casa dos Chavões" ficou integrada nos bens do templo escalabitano citado atrás, passando, em 1468, novamente à propriedade particular.

Desde meados do século XV foi pertença de vários particulares (Afonso de Matos, Francisco de Matos, Simão de Matos, Diogo de Matos, Francisco Tristão, Manuel Coelho e Ana Lobata). Em 1590, a Quinta dos Chavões tornou-se propriedade de Rui Teles de Menezes, senhor de Unhão. Foi também Rui Teles de Menezes quem, no início do século XVII, propôs obras na estrutura do paço medieval, transformando-o num solar maneirista de grandes dimensões. Nos Chavões esteve também D. Pedro II, sendo este local palco de secretas reuniões dos seus conjurados, e que em 1640 proclamaram a Restauração da Independência, face ao domínio de Espanha.

Ao nível estético, o palácio tem um pátio quadrangular central, e desenvolve-se numa planimetria em "U", muito comum na arquitectura senhorial seiscentista. A fachada principal apresenta muitas semelhanças com o palácio quinhentista da Quinta das Torres de Azeitão.

O Palácio dos Chavões manteve praticamente intacta a estrutura maneirista ao longo de vários séculos, até que em meados do século XIX, entre 1846 e 1848, D. Domingos Teles da Gama, marquês de Nisa e proprietário dos Chavões, mandou executar obras de alteração na estrutura dos dois corpos laterais. Estes, tal como a fachada posterior da casa, adquiriam uma feição neo-gótica. No conjunto do palácio, estava ainda integrada uma capela, dedicada a Santo Amaro, que ficou destruída num incêndio ocorrido em 1909. O seu actual proprietário adquiriu-o em 1980, na altura em que estava a ser usado como curral de ovelhas e encontrava-se num completo estado de abandono. Actualmente recebeu a designação de Imóvel de Interesse Público.

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