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[[Ficheiro:Arctic ice melt.jpg|thumb|direita|300px|Banquisa derretendo no [[Alasca]]]]
[[Ficheiro:Arctic ice melt.jpg|thumb|direita|300px|Banquisa derretendo no [[Alasca]], [[EUA]].]]
'''Banquisa''', '''banco de gelo''' ou '''campo de gelo'''<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 230.</ref> é [[água do mar]] congelada, que começa a formar-se aos -2[[°C]], originando uma camada delgada que se quebra facilmente. Os pedaços maiores engrossam e aglomeram-se, recolhendo, nas bordas, os pedaços menores: é um [[gelo]] em [[placa]]s. Estes [[bloco]]s ampliam-se na base e acabam por soldar-se, constituindo, então, o "gelo novo". Transportada pelas [[Corrente oceânica|correntes marítimas]], a banquisa quebra-se e torna a soldar-se, formando, na linha de contato entre os blocos, "arestas de pressão", cristais de gelo com o seu equivalente em profundidade. O gelo estacional forma-se na periferia das [[Região polar|zonas polares]]. Noutros locais, origina a banquisa permanente (ou plurianual), que pode atingir 30 metros de espessura, com arestas de até 70 metros de profundidade. A banquisa pode derreter um pouco à [[superfície]], mas regenera-se em profundidade. O gelo do mar incorpora muito pouco sal (nunca mais de 5 gramas por litro).
'''Banquisa''', '''banco de gelo''' ou '''campo de gelo'''<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 230.</ref> é [[água do mar]] congelada, que começa a formar-se aos -2[[°C]], originando uma camada delgada que se quebra facilmente. Os pedaços maiores engrossam e aglomeram-se, recolhendo, nas bordas, os pedaços menores: é um [[gelo]] em [[placa]]s. Estes [[bloco]]s ampliam-se na base e acabam por soldar-se, constituindo, então, o "gelo novo". Transportada pelas [[Corrente oceânica|correntes marítimas]], a banquisa quebra-se e torna a soldar-se, formando, na linha de contato entre os blocos, "arestas de pressão", cristais de gelo com o seu equivalente em profundidade. O gelo estacional forma-se na periferia das [[Região polar|zonas polares]]. Noutros locais, origina a banquisa permanente (ou plurianual), que pode atingir 30 metros de espessura, com arestas de até 70 metros de profundidade. A banquisa pode derreter um pouco à [[superfície]], mas regenera-se em profundidade. O gelo do mar incorpora muito pouco sal (nunca mais de 5 gramas por litro).


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[[Ficheiro:Polar bears near north pole.jpg|thumb|esquerda|300px|[[Ursus maritimus|Ursos-polares]] sobre uma banquisa a 280 [[Milha náutica|milhas]] do Polo Norte vendo um submarino nuclear estadunidense emergir]]
[[Ficheiro:Polar bears near north pole.jpg|thumb|esquerda|300px|[[Ursus maritimus|Ursos-polares]] sobre uma banquisa a 280 [[Milha náutica|milhas]] do Polo Norte vendo um submarino nuclear estadunidense emergir]]
A maior parte da banquisa [[Ártico|ártica]] gira permanentemente no [[oceano Ártico]]. Os [[navio]]s de outros tempos, presos na banquisa, eram, frequentemente, esmagados. Os modernos quebra-gelos conseguem atravessar banquisas com alguns metros de espessura, mas certas regiões continuam inacessíveis; os [[Arktika]] conseguiram, contudo, chegar ao [[Polo Norte]] em [[1977]]. Desde [[1958]], [[Submarino nuclear|submarinos nucleares]] atravessam o oceano Ártico a norte da [[Groelândia]] por baixo da banquisa.
A maior parte da banquisa [[Ártico|ártica]] gira permanentemente no [[oceano Ártico]]. Os [[navio]]s de outros tempos, presos na banquisa, eram, frequentemente, esmagados. Os modernos quebra-gelos conseguem atravessar banquisas com alguns metros de espessura, mas certas regiões continuam inacessíveis; os [[Arktika]] conseguiram, contudo, chegar ao [[Polo Norte]] em [[1977]]. Desde [[1958]], [[Submarino nuclear|submarinos nucleares]] atravessam o oceano Ártico a norte da [[Groenlândia]] por baixo da banquisa.


== Etimologia ==
== Etimologia ==

Revisão das 04h19min de 16 de abril de 2017

Banquisa derretendo no Alasca, EUA.

Banquisa, banco de gelo ou campo de gelo[1] é água do mar congelada, que começa a formar-se aos -2°C, originando uma camada delgada que se quebra facilmente. Os pedaços maiores engrossam e aglomeram-se, recolhendo, nas bordas, os pedaços menores: é um gelo em placas. Estes blocos ampliam-se na base e acabam por soldar-se, constituindo, então, o "gelo novo". Transportada pelas correntes marítimas, a banquisa quebra-se e torna a soldar-se, formando, na linha de contato entre os blocos, "arestas de pressão", cristais de gelo com o seu equivalente em profundidade. O gelo estacional forma-se na periferia das zonas polares. Noutros locais, origina a banquisa permanente (ou plurianual), que pode atingir 30 metros de espessura, com arestas de até 70 metros de profundidade. A banquisa pode derreter um pouco à superfície, mas regenera-se em profundidade. O gelo do mar incorpora muito pouco sal (nunca mais de 5 gramas por litro).

Não deve confundir-se a banquisa com os icebergs, que são água doce gelada trazida até ao mar pelos glaciares, nem com a polínia. O termo equivalente a banquisa em inglês é icefield.[2]

Ursos-polares sobre uma banquisa a 280 milhas do Polo Norte vendo um submarino nuclear estadunidense emergir

A maior parte da banquisa ártica gira permanentemente no oceano Ártico. Os navios de outros tempos, presos na banquisa, eram, frequentemente, esmagados. Os modernos quebra-gelos conseguem atravessar banquisas com alguns metros de espessura, mas certas regiões continuam inacessíveis; os Arktika conseguiram, contudo, chegar ao Polo Norte em 1977. Desde 1958, submarinos nucleares atravessam o oceano Ártico a norte da Groenlândia por baixo da banquisa.

Etimologia

"Banquisa" origina-se do escandinavo bank-is, "campo de gelo", através do francês banquise.[3]

Commons
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Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 230.
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 230.
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 230.

Ver também

Ligações externas