O que Caetano Veloso tem de genial em suas letras e músicas, ele não consegue traduzir muito bem em seus texto teóricos. Diferente de Chico Buarque, tO que Caetano Veloso tem de genial em suas letras e músicas, ele não consegue traduzir muito bem em seus texto teóricos. Diferente de Chico Buarque, também um tema dos textos deste livro, Caetano não se dá bem na prosa. Os quatro textos deste livreto (Poesia Concreta, Vanguarda, Chico e Antropofagia, que dá título à publicação) são escritos em primeira pessoa, contando as impressões de Caetano Veloso sobre os temas propostos. Mas sinceramente o texto é enfadonho e não empolga. Achei que ao adquirir este livro iria receber teorias de Caetano comentando e discorrendo sobre a Antropofagia proposta na Tropicália, mas ele mal arranha a superfície sobre isso. Recebi mesmo foi uma grande fofoca de rusgas entre Chico Buarque e Gilberto Gil que até então eu não conhecia....more
Gauchismo Líquido: Reflexões Contemporâneas Sobre a Cultura do Rio Grande do Sul, de Clarissa Ferreira, é um livro muito legal sobre a cultura gaúcha,Gauchismo Líquido: Reflexões Contemporâneas Sobre a Cultura do Rio Grande do Sul, de Clarissa Ferreira, é um livro muito legal sobre a cultura gaúcha, em especial a cultura gauchesca dos CTGs, tão machista e tão homofóbica, e mais ainda, impositiva e autoritária. É uma cultura inventada nos anos 1950, ou seja, não é a tal tradição que os tradicionalistas defendem. Clarissa, como performante de música que esteve entremeada a essa cultura que diminui as mulheres e as pessoas LGBTs de uma forma retrógrada até para os dias de hoje, traça palavras certeiras e com base analítica e teórica para pensar os problemas da cultura e principalmente da música gauchesca. Gostei muito da parte em que ela usa Hobsbawn para justificar porque a cultura gaúcha é machista desse jeito e ao mesmo tempo tão preocupada em não se feminilizar. Se tem algo que não gostei do livro foi o prefácio, porque se tivesse lido ele antes de ter comprado o livro, provavelmente não compraria. Ele não dá conta do material de Clarissa, que foi publicado originalmente no blog homônimo ao livro. ...more
Diego Grando estrutura um ótimo guia não apenas para entender, mas para curtir mais o álbum fundador do movimento musical da Tropicália - embora o movDiego Grando estrutura um ótimo guia não apenas para entender, mas para curtir mais o álbum fundador do movimento musical da Tropicália - embora o movimento artístico em si tenha começado antes. O autor traz em diversas seções do livro ferramentas para que o leitor e o ouvinte do álbum possam compreender o contexto de lançamento desta obra no Brasil e no mundo, no anos de 1968, um ano de grande mudanças nos costumes, na economia e na política. Além disso, Diego traz as influências que os autores do álbum tiveram e fala sobre a disputa de espaço semiótico na memória coletiva brasileira entre a Jovem Guarda e a MPB, herdeira da Bossa Nova. Depois, o autor analisa os sentidos e significados das músicas e das letras que compõem esse trabalho e como elas, em conjunto, formam um todo. Mais que um guia que poderia servir como apoio de estudos para o vestibular, este livro traz um forma de entender a sociedade brasileira da época em que o álbum Tropicalia ou Panis et Ciscensis foi lançado. ...more
A estética do frio é uma proposta do músico pelotense Vitor Ramil para definir a relação do povo do Rio Grande do Sul com o mundo que o cerca e tambémA estética do frio é uma proposta do músico pelotense Vitor Ramil para definir a relação do povo do Rio Grande do Sul com o mundo que o cerca e também sobre a identidade gaúcha. No texto, apresentado em uma conferência européia, o autor apresenta seu percurso para chegar até a ideia da estética do frio que, acabou concretizando na música Milonga das Sete Cidades. Embora com um promessa e uma premissa interessante, a realização do texto não se aprofunda é, como o autor diz, um movimento das suas ideias. Isso pode ser verificado também nas duas entrevistas que acompanham o texto de Ramil, onde o músico repete bascamente as mesmas ideias do texto sobre a estética do frio. Nesse caso, as duas entrevistas pouco contribuem para aprofundar as ideias sobre essa estética. Embora uma boa semente de idéia falta germinamento, algo que provavelmente os acadêmicos darão conta (ou estão dando conta). Dos livros da Coleção Ultramares este foi o que menos me agradou. Talvez por prometer algo e não cumprir. Os outros que li da coleção me agradaram muito....more
O começo de uma saga que tudo leva a crer que vai dar o que falar e ressoar. Savants of Sounds conta o encontro de uma garota com a representação do sO começo de uma saga que tudo leva a crer que vai dar o que falar e ressoar. Savants of Sounds conta o encontro de uma garota com a representação do som vivo de uma guitarra. E, ao que parece, na história existem muitos sons vivos que transitam pelo mundo, mas que pessoas adultas não conseguem enxergá-los. Apenas as crianças, que costumam tratá-los como amigos imaginários. Os conceitos dos personagens tanto de narrativa quanto de visual me lembraram muito o Shade, o Homem-Mutável, tanto na versão DC Comics de Steve Ditko, quanto na versão Vertigo por Peter Milligan e Chris Bachalo. Gabriel Arrais e Abel já trabalhavam juntos na outra minissérie da RQT Comics, NecroMorfus, que é senesacional. Só que naquelas minissérie temos histórias mais fechadinhas em que conseguimos entender bem o que está se passando em cada edição. Nesta, vamos precisar de mais edições para entender todo o contexto. Os desenhos de Abel são demais e sua narativa é incrivelmente dinâmica. A edição é super caprichada e não deve em nada para os quadrinhos que vemos nas bancas usualmente. Um belo exemplo de HQ brasileira. ...more
Eu gosto muito de ler quadrinhos sobre os Beatles. Claro, isso é porque eu gosto muito da banda e cresci com meus pais e tios ouvindo as músicas delesEu gosto muito de ler quadrinhos sobre os Beatles. Claro, isso é porque eu gosto muito da banda e cresci com meus pais e tios ouvindo as músicas deles. Então, eles fazem parte da minha vida e, por isso é legal saber mais sobre a vida deles. Existem muitos quadrinhos que tratam dos Beatles em quadrinhos, tendo inclusive um livro teórico que analisa todas essas encarnações. Neste quadrinho de origem francesa, intitulado "Lennon", acompanhamos sessões de terapia hipotéticas do líder dos Beatles, John Lennon, a partir de quando ele se mudou para Nova York até o final do seus dias, quando foi covardemente assassinado no prédio onde morava. Temos, então, um passeio analítico-psicológico através da vida de Lennon, que tenta explicar seu "problema" com as mulheres e seu complexo de Messias, quando chegou a se comparar com Jesus Cristo. Os desenhos de Corbeyran com as aquarelas monocromáticas de Horne para arrematar dão uma dimensão incrível para os desenhos do álbum, deixando ele mais palatável e também lançando por vezes recursos mais caricatos para representar passagem da existência dos Beatles. Um belo quadrinho para fãs e não fãs de Beatles. ...more
Bom, vocês sabem como funciona aquele negócio de hype, né? Se você deixa ele te consumir, ele consome mesmo, todas suas expectativas vão para o ralo. Bom, vocês sabem como funciona aquele negócio de hype, né? Se você deixa ele te consumir, ele consome mesmo, todas suas expectativas vão para o ralo. Aconteceu comigo, vai acontecer com você. O último caso foi com esta série do Demolidor assinada em roteiro por Chip Zdarsky, que vem sendo aclamado como uma estrela em ascensão da Marvel. Chegaram a comparar a fase do escritor com as de Miller, Bendis e Brubaker. Exagero. Isso se chama "procura desesperada por um novo clássico". A história é interessante sim, com um questionamento válido, que é se o Demolidor acabou matando sem querer um criminoso. O problema, a meu ver, é que a narrativa é arrastada demais, demora para trabalhar a tormenta que se revolve na cabeça de Matt Murdock e quando a faz, deixa a desejar. Por outro lado, preciso estender minha olas todas à arte de Marco Checchetto, que está mais deslumbrante do que nunca. Se o desenhista italiano vinha num crescendo em outras séries noir de super-heróis que havia trabalhado, neste Demolidor ele atinge seu auge. Essa vale todos os seus centavinhos no diabo da guarda. Quero aguardar os próximos encadernados para corroborar ou não se trata-se de uma nova fase a se celebrar para Matt Murdock e sua contraparte demoníaca. ...more
Comprei esse livro achando que teria a mesma excelente experiência que tive com outros dois livros de Byung-Chul Han, que foram "A Agonia do Eros" e "Comprei esse livro achando que teria a mesma excelente experiência que tive com outros dois livros de Byung-Chul Han, que foram "A Agonia do Eros" e "A Sociedade da Transparência", mas infelizmente não tive. A maioria dos ensaios que ele executa neste livro tratam da alta cultura, ou seja, de músicas clássicas e de ópera, o que não é algo que o cidadão comum vai pensar quando lê "entretenimento" no título de um livro. Os ensaios acabam ficando chatos pelo tema e também pelos filósofos iluministas que ele usa para explicitar suas ideias. Mas, para não dizer que não falei de flores, o último artigo/ensaio de Byung-Chul Han neste livro é bastante interessante e apropriado para o que se espera de um livro com o nome de "Bom Entretenimento". Se trata do escrito "Uma metateoria do entretenimento", em que uma das ideias que ele nos traz é que "a própria realidade parece ser um efeito do entretenimento" de uma forma tal que esse tipo de lazer (ou não?) tomou conta de nossas existências, principalmente a partir do século XXI. Uma pena que temos de insistir no livro todo e seus artigos enfadonhos para chegar neste baita artigo....more
Fui ler este livro inteiro somente 10 anos depois que ele foi publicado no Brasil, mas Henry Jenkins já o trouxe ao mundo há 13 anos. Jenkins, neste lFui ler este livro inteiro somente 10 anos depois que ele foi publicado no Brasil, mas Henry Jenkins já o trouxe ao mundo há 13 anos. Jenkins, neste livro Cultura da Convergência, se mostra um profeta das mídias. isso porque lá em 2006 ele já previa que iriamos ser governados por serviços de streaming como o Netflix, que o spoiler ia tomar um papel central no entretenimento, que os youtubers fariam um movimento para se tornarem os novos gatekeepers, de que a cultura de fã teria um papel essencial para definir uma nova cultura de entretenimento, e que a cultura iria acabar sendo guiada pelos interesses dos fãs ao lado dos interesses das grandes corporações, e que para isso teria de convergir, usar a transmídia, atuar em diversos campos e nichos para atrair um consumidor cada vez mais leal. Ufa! São bastante tendências da mídia, que hoje convergiram e estão na ordem do dia na realidade de diversos lares e outros estabelecimentos ao redor do mundo. Mesmo que o livro traga análises de programa que se encerraram como Survivor e American Idol, e analise a campanha de George W. Bush, podemos fazer uma conexão, ou ainda, uma convergência desses temas com os dos dias atuais e ver como tudo isso começou e como se transformou naquilo que temos hoje. Se você fizer essa comparação, vai se espantar com o resultado!...more
Mapeando Cenas da Música Pop: Cidades, Mediações e Arquivos, Volume I é um livro importantíssimo não apenas pare se pensar o mapeamento das cidades a Mapeando Cenas da Música Pop: Cidades, Mediações e Arquivos, Volume I é um livro importantíssimo não apenas pare se pensar o mapeamento das cidades a partir de sua produção musical, mas também os demais mapeamentos culturais que podem ser realizados. Além disso, o livro também traz o importante texto Cenas visíveis e invisíveis, de Will Straw traduzido pela primeira vez em português, que é deveram importante para se pensar o conceito de cena. O interessante da grande maioria dos artigos presentes aqui neste livro é como a cena revela uma identidade compartilhada entre aqueles que produzem a cultura e aqueles que consomem esse tipo de cultura. Seja no rock gaúcho, nos raps da COHABs, nos bailões e nos maxixes, existe essa identificação construindo identidades das cidades e dos locais onde essas manifestações se apresentam. Assim podemos perceber que o conceito de cena cultural tem a ver com identidades culturais. Mais do que isso, com memória cultural e que o consumo desse tipo de manifestações nos transforma e nos forma enquanto cidadãos com noções de memória, identidade, comunidade e de diversidade cultural. A cena cultural de uma cidade se assemelha bastante ao funcionamento em miniatura de uma identidade nacional. ...more
Olá! Seja bem-vind@ a mais um episódio de "livros para os legais da turminha citarem e se amostrarem". O que é uma grande parte desses livronhos da moOlá! Seja bem-vind@ a mais um episódio de "livros para os legais da turminha citarem e se amostrarem". O que é uma grande parte desses livronhos da moda estadunidenses. Eles funcionam assim: ao invés de abrir o livro ou o capítulo com uma anedota, para depois explicar as suas teorias, eles enchem, abarrotam os livros com anedotas. Essas historinhas pontuais que, se você for cool e descolado quem nem o autor, provavelmente já aconteceram com você. E você vai ao mesmo tempo se sentir de preferência bem cool e espertinho. Essas histórias tem que ter uma condição: prazo de validade. Daqui a dez anos não vão servir para ninguém, só para mostrar como são antenados hoje. Daqui dez anos ninguém vai saber o se importar com o que foi contado como anedota neste livro, mas sim nas pequenas e rápidas teorias desenvolvidas sobre a cultura da participação. Mas um livro que foi feito para agradar os "legais da turminha" hoje, não é livro pensado com a perenidade que esse tipo de publicação deve ter, ainda mais sendo uma publicação do tipo "teórico/não-ficcional" conforme se propõe ser. Uma pena. Seria mais legal se se levasse mais a sério. =( ...more
Comprei este livro por cinco reais em uma promoção porque me interessava saber os primórdios do surgimento do rock'n'roll. O autor, Nick Tosches, falaComprei este livro por cinco reais em uma promoção porque me interessava saber os primórdios do surgimento do rock'n'roll. O autor, Nick Tosches, fala no início do livro que não existe como "definir o início do rock'n'roll, assim como não tem como definir quando a cor azul se torna anil no arco-íris". Ele coloca várias gravações de músicas com a palavra "rock", de 1938 a 1950, em que nem sempre essa palavra tem o significado de atividade sexual, á qual o rock'n'roll ficou relegado. Depois ele fala um pouco sobre Buddy Holly, Chuck Berry e Carl Perkins, para então dar um relato sobre a ascensão de Elvis Presley, uma história que todo fã de rock já conhece. O que me deixou mais curioso neste livro foi, então, o relato que ele faz sobre a "vida selvagem" do "oponente" de Elvis Presley, que era Jerry Lee Lewis, cheia dos abusos e dos excessos, de um homem que viveu mais de seis casamentos e que usava por semana 500 comprimidos de anfetamina. Agora já sabemos de que boletas ele se referia quando cantava a música "Great Balls of Fire", seu sucesso inconteste de todos os tempos. Esse, senhoras e senhores, foi o início do rock'n'roll, que até os dias de hoje já tomou diversas formas e tons....more
Um livro bastante informativo sobre as interações, as interfaces, as intersecções entre rock e quadrinhos. Começa esboçando um pouco do surgimento do Um livro bastante informativo sobre as interações, as interfaces, as intersecções entre rock e quadrinhos. Começa esboçando um pouco do surgimento do rock em paralelo com os quadrinhos undergrounds de Robert Crumb, Gilbert Shelton e Spain Rodriguez e Victor Mocozo. também dá algumas pinceladas de como surgiu a contracultura e como ela influenciou os dois movimentos com a cidade estadunidense de San Francisco como epicentro de tudo que era "imoral, ilegal ou engorda". Depois, o autor passa a analisar capas de álbuns de rock que foram influenciada não apenas pela linguagem mas pela estética dos quadrinhos em geral. Aqui são analisados álbuns estadunidenses e brasileiros apenas. Ao final do livro, o autor passa para seu estudo de caso, que é o álbum "Música Para Antropomorfos", da banda Mechanics, que teve uma intervenção em quadrinhos feita pelo artista Fábio Zimbres. Uma análise interessante, mas fico me perguntando o quanto desse livro não é uma pesquisa de auto-promoção já que o autor, Márcio Mário da Paixão Júnior é o líder, vocalista e compositor da banda Mechanics, estudada neste livro. De qualquer forma, a primeira parte da análise pode trazer luz a muitas interfaces entre o rock e quadrinhos principalmente no contexto brasileiro, lugar onde essas interações não são muito estudadas ou destacas pela grande mídia, pois talvez, fazem parte de uma contracultura que esses veículos não gostam de dar atenção. ...more
Eu simplesmente adoro os dsesenhos, layouts de personagens e a narrativa de Jamie McKelvie. Elas dão um frescor e uma atualidade para os personagens cEu simplesmente adoro os dsesenhos, layouts de personagens e a narrativa de Jamie McKelvie. Elas dão um frescor e uma atualidade para os personagens como nenhuma outra. Por isso, ele e Kieron Killen são os caras acertados para contar uma história em que um panteão de deuses renasce como ídolos da música pop do século XXI. Se o primeiro volume já trazia acontecimentos embasbacantes, esse segundo volume é ainda mais cheio de reviravoltas e momentos surpreendentes. E, então, se encerra com um final mirabolante, que nos faz pedir por mais dessa história em quadrinhos o quanto mais breve possível. Neste número também vemos mais artimanhas narrativas de Gillen e Mckelvie, como um recordatório baseado em páginas já publicadas, um mapa de uma convenção de adoradores de deuses da música pop. uma planta em esquema do quarto da protagonista, e por fim o efeito sensacional de uma droga divina ao melhor estilo ecstasy numa festa repleta de deuses da música pop. Mas, claro que um quadrinho repleto de seres divinos não poderia faltar suas artimanhas por poder, adoração e para durarem para sempre no coração dos seus fiéis. E isso é que torna essa história ainda mais interessante e nos faz perguntar qual dos deuses desse novo panteão será o próximo a ser assassinado? Vale muito a leitura!...more
Esse quadrinho "dos Rolling Stones" escrito e desenhado por Dave McKean é difícil de definir. Mesmo enquanto quadrinho. Foi uma jogada de marketing daEsse quadrinho "dos Rolling Stones" escrito e desenhado por Dave McKean é difícil de definir. Mesmo enquanto quadrinho. Foi uma jogada de marketing da Marvel que lançou o álbum simultaneamente com o álbum homônimo Voodoo Lounge. Esse álbum é tido como a volta ao topo da "maior banda de rock de todos os tempos", lançado em 1995. Neste ano, os Stones também fizeram um mega show no Brasil imortalizando canções como "Start Me Up" e "Sparks Will Fly" na memória do brasileiro e deste que os escreve. O quadrinho, então, era para ser baseado nas letras de Mick Jagger e Keith Richards para o álbum. Mas sabemos como a narrativa de McKean - em seu primeiro e único trabalho para a Marvel - pode ser surreal e também onírica. São splash pages duplas com suas fotomontages hiperreais. Além disso, a publicação no Brasil tem uma história curiosa. Para pegar a onda dos shows no Brasil e do lançamento do álbum, a Abril mandou imprimir a HQ nos Estados Unidos, importando-a. As úncias mudanças ocorreram nas capas internas do quadrinho e no logo da editora na capa e contracapa. Por tudo isso, Rolling Stones: Voodoo Lounge é difícil de definir. Para mim, estaria mais como uma publicação de divulgação do álbum e da turnê do que um quadrinho propriamente dito. Mas valeu a tentativa!...more
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