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Dinastia orôntida

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Orôntida
Eruândida
Eruandini
Estado
Título
  • Sátrapa da Armênia
  • Rei da Armênia
  • Rei de Sofena
  • Rei de Comagena
Origem
Fundador Orontes I (Armênia)
Fundação século IV a.C.
Casa originária hidárnida
Etnia iraniana ou armênia
Atual soberano
Último soberano
Dissolução 72 d.C.
Linhagem secundária
Artaxíada
Siclo de Artaxerxes II (r. 404–358 a.C.)

A dinastia orôntida ou eruândida foi a primeira dinastia armênia conhecida. Seus líderes governaram como sátrapas da Satrapia da Armênia do Império Aquemênida, Reino Antigônida e Império Selêucida até o primeiro cartel do século III a.C. e a independente Grande Armênia até 200 a.C.. Mais tarde, um ramo dos orôntidas governou como reis de Sofena (69 a.C.) e Comagena (72 d.C.).[1] Eles são a primeira das três dinastias reais que governaram sucessivamente a Armênia durante a Idade Antiga (até 428 d.C.).

Origens e nome

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Alguns historiadores afirmam que os orôntidas eram de origem iraniana,[2][3][4][5][6] e sugerem que mantinham ligações familiares dinásticas com a dinastia aquemênida governante.[5][7][8] Ao longo da sua existência, os orôntidas sublinharam a sua linhagem dos aquemênidas, a fim de fortalecer a sua legitimidade política.[9] No entanto, outros historiadores afirmam que eram de origem armênia,[10][11] enquanto, de acordo com Razmik Panossian, provavelmente tinham ligações matrimoniais com os governantes da Pérsia e outras casas nobres importantes na Armênia, e afirmar sua etnia armênia é incerta.[12]

De acordo com Estrabão, que provavelmente relatou a tradição sobrevivente a respeito da origem dos orôntidas, descendiam de Hidarnes I, um dos Sete Persas que, sob comando do futuro xainxá Dario I (r. 522–486 a.C.), participaram no golpe que derrubou Esmérdis (r. 522 a.C.). Por conseguinte, as fontes colocam que Bagabigna, pai de Hidarnes, era originário da Báctria. O fundador epônimo da dinastia, Orontes I, era filho ou neto do sátrapa Artasiro, cujo provável pai, de nome Orontes, do qual se sabe apenas o nome a partir de uma inscrição que o menciona, devia ser filho de Hidarnes II, outro sátrapa. Por conseguinte, a Crônica de Pérgamo, que atesta a relação entre Orontes I e Artasiro, reforça sua origem bactriana.[13]

A relação de Orontes I com o círculo reinante do Império Aquemênida foi reforçada por seu casamento, em 401 a.C. com Rodoguna, filha de Artaxerxes II (r. 404–358 a.C.). Orontes era, portanto, provavelmente descendente de Hidarnes através de sua linha materna, e não de sua linha paterna bactriana.[14] Do lado materno, Orontes pode ter sido parente de dois nobres persas também chamados Orontes, que foram figuras proeminentes no final do século V a.C.. Um deles abandonou Ciro, o Jovem (falecido em 401 a.C.) durante sua tentativa de tomar o trono de Artaxerxes II e, como resultado, foi executado. O outro Orontes teriam tido más relações com a mãe de Artaxerxes II, Parisátide, sendo eventualmente executados a seu pedido.[15]

O nome de Orontes (em grego clássico: Ὀρόντης; romaniz.: Oróntēs; também registrado Orontas, Orondēs, Aroandēs, Oro-, Aru-, Oruándēs) é a transliteração grega do persa antigo *Arvanta-, que continuou a ser usado no persa médio e novo como Arvand. O nome se associa ao avéstico auruuaṇt-, "rápido, vigoroso, corajoso", que por si só pode ser uma versão abreviada do nome avéstico Auruuaṱ.aspa-, "tendo cavalos velozes".[16]

Referências

  1. Toumanoff 1963, p. 282.
  2. Toumanoff 1963, p. 278.
  3. Canepa 2015, p. 80.
  4. Gaggero 2016, p. 79.
  5. a b Allsen 2011, p. 37.
  6. Garsoian 2005.
  7. Lang 2000, p. 535.
  8. Payaslian 2007, p. 8-9.
  9. Payaslian 2007, p. 9.
  10. Adrych 2017, p. 138.
  11. Ghafurov 1971, p. 30–31.
  12. Panossian 2006, p. 35.
  13. Toumanoff 1963, p. 287.
  14. Boyce 1991, p. 310–311.
  15. Osborne 1973, p. 521–522.
  16. Schmitt 2002.
  • Adrych, Philippa; Bracey, Robert; Dalglish, Dominic; Lenk, Stefanie; Wood, Rachel (2017). Elsner, Jaś, ed. Images of Mithra. Oxônia: Oxford University Press. ISBN 9780192511119 
  • Allsen, Thomas T. (2011). The Royal Hunt in Eurasian History. Filadélfia: University of Pennsylvania Press. p. 37. ISBN 978-0812201079 
  • Boyce, Mary; Grenet, Frantz (1991). Beck, Roger, ed. A History of Zoroastrianism, Zoroastrianism under Macedonian and Roman Rule. Leida: Brill. ISBN 978-9004293915 
  • Canepa, Matthew P. (2015). «Dynastic Sanctuaries and the Transformation of Iranian Kingship between Alexander and Islam». In: Babaie, Sussan; Grigor, Talinn. Persian Kingship and Architecture: Strategies of Power in Iran from the Achaemenids to the Pahlavis. Nova Iorque: I. B. Tauris. p. 80. ISBN 978-1848857513 
  • Gaggero, Gianfranco (2016). «Armenians in Xenophon». Greek Texts and Armenian Traditions: An Interdisciplinary Approach. Berlim: De Gruyter 
  • Garsoian, N. (2005). «TIGRAN II». In: Yarshater, Ehsan. Enciclopédia Irânica Online. Nova Iorque: Encyclopædia Iranica Foundation 
  • Lang, David M. (2000). «Iran, Armenia and Georgia». In: Yarshater, Ehsan. The Cambridge History of Iran, Volume 3: The Seleucid, Parthian and Sasanid Periods. Cambrígia: Cambridge University Press. 535 páginas. ISBN 0-521-20092-X 
  • Osborne, Michael J. (1973). «Orontes». Historia: Zeitschrift für Alte Geschichte. 22 (4): 515–551. ISSN 0018-2311. JSTOR 4435366 
  • Toumanoff, Cyril (1963). Studies in Christian Caucasian History. Washington: Georgetown University Press 
  • Schmitt, Rüdiger (2002). «Orontes». In: Yarshater, Ehsan. Encyclopædia Iranica. Nova Iorque: Encyclopædia Iranica Foundation