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Tomás de Almeida (sobrinho)

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Tomás de Almeida
Cónego da Basílica Patriarcal de Lisboa
Ordenação e nomeação
Brasão presbiteral
Dados pessoais
Nascimento 20 de setembro de 1706
Morte 27 de fevereiro de 1786 (79 anos)
Progenitores Mãe: D. Joana Antónia de Lima
Pai: D. Luís de Almeida Portugal, 3.º Conde de Avintes
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

D. Tomás de Almeida (20 de Setembro de 1706[1]27 de Fevereiro[2] de 1786), também referido como o Principal Almeida, foi um prelado português que exerceu os cargos de Principal Decano da Santa Igreja Patriarcal de Lisboa, e de primeiro Director-Geral dos Estudos.

D. Tomás de Almeida era filho de D. Luís de Almeida Portugal, 3.º Conde de Avintes e sua mulher, D. Joana Antónia de Lima,[1] e, por conseguinte, sobrinho e homónimo de D. Tomás de Almeida, 1.º Cardeal-Patriarca de Lisboa.

Frequentou, na juventude, Humanidades no Colégio de Santo Antão de Lisboa, e ingressou no curso de filosofia na Universidade de Évora a partir de 1721-22 (possivelmente na qualidade de Alumnus et Convictor do Real Colégio da Purificação). Frequenta ainda a Universidade de Coimbra, enquanto porcionista do Colégio de São Paulo. Licencia-se em Teologia, em Coimbra, a 16 de Julho de 1731, e faz o Doutoramento a 29 desse mês e ano.[3]

Tornou-se cónego presbítero da Igreja Patriarcal de Lisboa a 4 de Dezembro de 1738, tendo antes já servido como Abade de Santa Comba de Chacim, e Deputado do Santo Ofício.[1] Entretanto, a 31 de Agosto de 1741, o Papa Clemente XII substituiu os títulos das antigas Dignidades e dos Cónegos de Lisboa, pelo de Principais da Santa Igreja de Lisboa, passando estes a trajar de forma semelhante à de cardeais.[3]

Aquando da Reforma dos Estudos Menores, levada a cabo pelo Conde de Oeiras (mais tarde elevado ao título de Marquês de Pombal), em 1759, é criado o cargo de Director-Geral dos Estudos, objecto de nomeação régia e na dependência directa do rei, com a incumbência de orientar e fiscalizar o ensino preparatório que dava acesso aos Estudos Superiores. D. Tomás de Almeida torna-se o seu primeiro titular por decreto de 6 de Julho de 1759, desempenhando o cargo durante doze anos, até 1771. Os seus relatórios revelam a sua plena integração no movimento cultural europeu: o Principal Almeida salienta insistentemente as lacunas no ensino, que não ficaram preenchidas após a saída dos Jesuítas e o encerramento das escolas inacianas em 7 de Fevereiro de 1759.[4]

D. Tomás de Almeida faleceu em Lisboa, a 27 de Fevereiro de 1786.[2] As suas exéquias fúnebres celebraram-se, "com a maior solemnidade e pompa", a 15 de Março de 1786, tendo assistido o Marquês de Lavradio (seu sobrinho) e demais parentes, e "grande numero de pessoas authorizadas"; recitou uma oração o padre paulino Fr. João Jacinto.[5] Os seus restos mortais encontram-se sepultados na nave da Igreja de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, em Lisboa.

Referências

  1. a b c Sousa, António Caetano de (1755). Memorias Historicas e Genealogicas dos Grandes de Portugal 🔗. Lisboa: Regia Officina Sylviana. p. 340 
  2. a b Segundo Suplemento à Gazeta de Lisboa, número IX, 4 de Março de 1786: "D. Thomaz d'Almeida, Principal Deão da S. I. Patriarcal, faleceo nesta cidade a 27 do mez passado."
  3. a b Andrade, António Banha de (1981). A Reforma Pombalina dos Estudos Secundários (1759-1771). Lisboa: Acta Universitatis Conimbrigensis. p. 93-96 
  4. Brandão, Elvira (2004). «Repositório Digital da História da Educação: Exposição Documental e Bibliográfica». Secretaria-Geral do Ministério da Educação. Consultado em 6 de junho de 2018 
  5. Segundo Suplemento à Gazeta de Lisboa, número XI, 18 de Março de 1786: "A 15 do corrente se celebrarão na Freguezia da Encarnação desta cidade, com a maior solemnidade e pompa, as Exequias do Principal D. Thomaz d'Almeida, a que assistirão os Excellentissimos Marquez de Lavradio, e mais Parentes do Defunto, e grande numero de pessoas authorizadas: recitou huma interessante Oração o Reverendissimo Fr. João Jacinto, da Ordem de S. Paulo primeiro Eremita."