Poesia Brasileira Quotes

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Paulo Leminski
“Coração
PRA CIMA
escrito embaixo
FRÁGIL”
Paulo Leminski

Márcia Abath
“na menina dos olhos
saudades furtavam-lhe as cores”
Márcia Abath

Manoel de Barros
“Tenho uma confissão a fazer: do que escrevo 90% é invenção, só 10% é mentira.”
Manoel Barros

Manuel Bandeira
“Tudo lá parecia impregnado de eternidade.”
Manuel Bandeira, Libertinagem

Manoel de Barros
“Tem mais presença em mim o que me falta.”
Manoel de Barros, Livro sobre nada

Márcia Abath
“gosto do teu zelo
quando deitas meu nome
na palavra amor”
Márcia Abath

Márcia Abath
“qual a estação que alinhava
um hemisfério?”
Márcia Abath

Márcia Abath
“guardo minha saudade num quarto de horas”
Márcia Abath

Márcia Abath
“em querer de duras penas
tatuei-me uma pena

levíssima ferida lateja”
Márcia Abath

Manoel de Barros
“Tudo que não invento é falso.”
Manoel de Barros, Memórias Inventadas: A Infância

Caroline Pestana
“Houve um alguém
Que me fez ver enfim
Cada erro
Cada medo
Cada coisa ruim
Houve então um você
Que me fez ver por fim
Que os erros
E os medos
Fazem parte de mim”
Caroline Pestana, Irreais versos Reais

Carlos Drummond de Andrade
“Os Ombros Suportam o Mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: Meu Deus
Tempo de absoluta depuração
Tempo em que não se diz mais: Meu amor
Porque o amor resultou inútil
E os olhos não choram
E as mãos tecem apenas o rude trabalho
E o coração está seco

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás
Ficaste sozinho, a luz apagou-se
Mas na sombra teus olhos resplandecem enormes
És todo certeza, já não sabes sofrer
E nada esperas de teus amigos

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
E ele não pesa mais que a mão de uma criança
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
Provam apenas que a vida prossegue
E nem todos se libertaram ainda
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
Prefeririam (os delicados) morrer
Chegou um tempo em que não adianta morrer
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem
A vida apenas, sem mistificação”
Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do Mundo

Carlos Drummond de Andrade
“Consolo na Praia

Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.”
Carlos Drummond de Andrade, A Rosa do Povo

“Ouviste, coitado?
Pisar em tal terra
Que folhas, a guerra
Virá se quebrar!
Criaturas que vagam
Nas trevas, que ficam
Lamúrias fornecem:
Te irão devorar!”
Jorge Pazini, Raízes, Lendas & Sangue - Uma Releitura do Folclore Brasileiro

Letrux
“eu nunca sei se você:

( ) foi à praia
( ) estava chorando
( ) suou quilômetros pra me ver

você é tão salgado
temperado
touchée”
Letrux, Tudo o que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas

Dirceu Villa
“...
realidade mata.

não você inumerável.
não as preferência da seiva. não o mel do acaso.
não a realidade se descansa. sim.”
Dirceu Villa, Couraça

Dirceu Villa
“pois se a paisagem é igual a você, é hora de morrer”
Dirceu Villa, Ciência Nova

Dirceu Villa
“[...]
esqueço] se imprimem nestas areias, e a
onda que as apaga é a mesma que as leva
mais profundo, que as encanta de som, de
onde o amor [oceano] ouvirá mesmo surdo.”
Dirceu Villa, Ciência Nova

Jorge de Lima
“Na realidade só tenho sido poeta, o mais é fantasia”
Jorge de Lima, A pintura em pânico

Roberto Piva
“quando eu ia ao colégio Deus tapava os ouvidos para mim?”
Roberto Piva, Paranóia

Simone Homem de Mello
“queima a céu aberto:/ pedra/ chama impenetrável...”
Simone Homem de Mello, Extravio Marinho

Manoel de Barros
“Não preciso do fim para chegar.”
Manoel de Barros, Livro sobre nada

Maria Lúcia Alvim
“A terra não se reparte./Se abrange. Subjetiva-se./A terra é como a Arte:/na liberdade é que se cultiva.”
Maria Lúcia Alvim, Vivenda : 1959-1989