Assim como o livro O Brasil dobrou à Direita, de Jairo Nicolau prometeu e entregou uma radiografia das eleições de 2018, elencou suas causas e projetoAssim como o livro O Brasil dobrou à Direita, de Jairo Nicolau prometeu e entregou uma radiografia das eleições de 2018, elencou suas causas e projetou suas consequências, este livro faz o mesmo, só que tendo em conta as eleições de 2022. Felipe Nunes e Thomas Traumann, em Biografia do abismo, exploram as causas e consequências da polarização no país de Lulanaro. Mas longe de somente atacar a polarização como fazem muitos livros que tratam do tema, Nunes e Traumann lançam mão de um fenômeno ainda mais complexo: a calcificação das intenções de voto e inclinações políticas do eleitorado. Uma estagnação de opiniões que se relaciona com as relações das pessoas com a família, com o trabalho e até mesmo com os produtos que consomem, se tornando uma nova dimensão identitária. Ou ainda, algo mais complicado que a identidade, porque essa, assim como a cultura, assumem modificações e alterações, enquanto aquilo que se pensa sobre a política nesses últimos anos no Brasil tem se tornado estanque. Biografia do abismo é um ótimo livro que joga luz sobre possibilidades de futuro e de não futuro para nosso país....more
O propósito do livro A Cabeca do Brasileiro, de Alberto Carlos Almeida é utilizar, de forma quantitativa, uma pesquisa realizada com diversos estratosO propósito do livro A Cabeca do Brasileiro, de Alberto Carlos Almeida é utilizar, de forma quantitativa, uma pesquisa realizada com diversos estratos da população brasileira em 2003 para fazer valer as teorias de Roberto DaMatta sobre a sociedade brasileira. Contudo, o livro já começa mal dizendo que a sociedade estadunidense é igualitária e que a brasileira é hierárquica. Se a sociedade estadunidense com seu racismo estrutural estabelecido é uma sociedade igualitária, não tenho ideia do que sobra para outras. Almeida investiga quantitativamente como o brasileiro trata a casa e a rua, o jeitinho brasileiro, o "Você sabe com quem está falando?", entre outros pressupostos de DaMatta. Contudo, o livro não se aprofunda nas suas análises. Fica mesmo no rasinho, no quantitativo, sem ir muito à fundo nas ideias do sociólogo. Contudo, o livro é cheio de tabelas vindas das pesquisas realizadas na década de 2000, que hoje já são um pouco defasadas, tendo passado quase 20 anos. Comprei esse livro no sebo da Livraria Cultura e pelo valor que paguei foi um bom custo/benefício. ...more
Carlos Orsi traz um importante e esclarecedor livro sobre os Negacionismos e os desafios da ciência a respeito deles. Principalmente no atual contextoCarlos Orsi traz um importante e esclarecedor livro sobre os Negacionismos e os desafios da ciência a respeito deles. Principalmente no atual contexto, em que vivemos submersos em pessoas que negam tudo, mas principalmente descobertas e fatos científico. Freud explica, afinal negação é a primeiro passo do luto, como bem Orsi aponta no livro. O problema é que as pessoas enlutadas, que perderam ou correm o risco de perder algo ao acreditar na verdade e no comprovado cinetíficamente, não querem perder também as suas certezas para evoluírem para o próximo estágio desse luto. Achei muito boa a seção em que Orsi diferencia o que é possível, daquilo que é plausível e, por conseguinte, daquilo que é provável. Com uma linguagem clara e acessível até mesmo os negacionistas podem - se quiserem - aprender facilmente com esse livro e, quem sabe sairem do círculo vicioso em que eles mesmos se colocaram, em que não há lugar para aquilo que Charles Sanders Peirce chamou de "irritação da dúvida" e que quebra a "fixação da crença" dos negacionistas. ...more
Comprei essa publicação na loja da Ugra, para dar de presente para meu irmão, que estuda internacionalização da universidade e da pós-graduação no seuComprei essa publicação na loja da Ugra, para dar de presente para meu irmão, que estuda internacionalização da universidade e da pós-graduação no seu pós-doc. E, claro, acabei lendo também. Adoramos os quadrinhos que a Melina faz neste Diário de um Doutorado. Contudo, o texto em si não é bem um diário, nem mesmo um desabafo das dificuldades enfrentadas no processo, são mais constatações científicas e em estilo acadêmido daquilo que as exigências de um doutorado compreende. Estava pensando que teria um texto mais confessional, autobiográfico, com anedotas e situações. Isso fica mais para as tirinhas. O texto em si é bastante duro, talvez seja porque a autora venha das ciências biolõgicas e a forma de fazer pesquisa lá é diferente das ciências sociais. É mais fácil se conectar com a autora pelas tirinhas que pelo texto. Quem sabe, mais para frente, a Melina não lance uma nova coletânea dessa vez só com as tirinhas e com mais e mais tirinhas? Eu adorei e ri muito com as tiradas de humor gráfico. ...more
Este livro, através de seu título Antropologia da Comunicacao Visual, parece muto promissor, quando o autor, Massimo Canevecci começa a falar das teorEste livro, através de seu título Antropologia da Comunicacao Visual, parece muto promissor, quando o autor, Massimo Canevecci começa a falar das teorias de Gregory Bateson, marido de Margaret Mead, parece ficar ainda mais interessante. Contudo, quando o autor aplica essas teorias ao emírico, parece que tudo fica diluído ao próprio empírico e a teoria é esquecida. para não dizer que todas as análises são assim, aquela que o autor faz sobre a pornografia em diferentes formas da comunicação visual é muito boa. Entretanto, acredito que o livro é extenso e cansativo demais para o meu gosto. ...more
Conheço os livros de Izidoro Blikstein desde o começo da faculdade, onde aprendi com ele que temos formas diferentes de nos expressar para diferentes Conheço os livros de Izidoro Blikstein desde o começo da faculdade, onde aprendi com ele que temos formas diferentes de nos expressar para diferentes situações. É bom retornar ao seu texto gostoso de ler e bastante explicativo mais uma vez neste Semiótica e Totalitarismo. Neste livro, o auor dedica quase metade da obra para explicar como funciona a semiótica e para que ela serve, explicação que faz de forma muito operativa e funcional, mas que falatou explicar o que pertence a qual semiótica e qual a diferença entre elas. Não que isto prejudique o entendimento da obra. A outra metade da obra vai servir para analisar, então, o totalitarismo do título. Mais um vez, achei que faltou conceituar mais o totalitarismo e suas vertentes, como o fascismo, por exemplo. Se o título fosse Semiótica e Nazismo, seria muito mais verdadeiro porque o autor se debruça em entender o campo de concentração e seus símbolos e signos. Assim, entendo que este é um grande livro sobre semiótica, mas que deixa um tanto a desejar quando vai aproximar o totalitarismo (que nãoe stá completamente contemplado no livro) com a semiótica. Vim ao livro com a vontade de conseguir entender como analisar semióticamente o totalitarismo e acabei um pouco frustrado com essa possibilidade não ser contemlada no livro. ...more
Pude acompanhar o processo de feitura de Caçadora de Fãs: Uma Aventura Acadêmica de perto, porque todos os envolvidos são meus amigos. E o que todos ePude acompanhar o processo de feitura de Caçadora de Fãs: Uma Aventura Acadêmica de perto, porque todos os envolvidos são meus amigos. E o que todos esses meus amigos têm em comum? Uma dedicação enorme naquilo que fazem e uma paixão pelo mundo das histórias em quadrinhos que poderia ser inenarrável, mas está toda ela bem narradinha aqui nesta história em quadrinhos feita a seis mãos. Larissa tornou seu trabalho de mestrado em um produto, popularizando a ciência que fez na academia, uma coisa que não é muito comum. Acredito que este trabalho servirá de inspiração para muitos jovens e novos pesquisadores de todas as áres e que nutrem essa paixão pelo universo geek e nerd. Fabiomesmo usou de sua vever criativa para inserir diversos easter eggs e referências ao mundo nerd, bem como transformou a jornada de Larissa em uma verdadeira Jornada da Heroína. Por último, mas não menos importante, o traço mágico e retumbante do Thiago que eu curto demais da conta mesmo. Um traço que cativa até os mais carracudos dos seres. Agora que li o PDF estou louco pra ter Caçadora de Fãs nas mãos! ...more
Enquanto estava lendo este livro, lia também outros dois: um em espanhol e outro em língua inglesa. Qual a minha surpresa que a leitura dos livros em Enquanto estava lendo este livro, lia também outros dois: um em espanhol e outro em língua inglesa. Qual a minha surpresa que a leitura dos livros em uma língua que não é a minha linguagem materna correu muito mais facilmente do que a leitura deste livro que é de português de Portugal. Por mais que eu me esforçasse não conseguia reter as informações passadas neste livro, nem tanto por causa do conteúdo dele, que versa sobre o corpo e os sentido que ele pode ter em vários âmbitos dos estudos e da pesquisa, mas por causa da forma como o autor coloca as coisas. O texto é imbricado e obtuso demais, impermeável para não-iniciados em certas teorias. Dessa forma, acredito que por mais que o tema do texto seja complicado, quando se tem uma linguagem fluida e interessada em explicar claramente os pressupostos teóricos, entendemos aquilo que o autor quer passar. Ironicamente, num livro em que o tema principal é o sentido, nem sempre encontramos sentido nas palavras do autor....more
Este é um livro bastante interessante n que se propõe, pena que na forma como é executado deixe um pouco a desejar. Digo isso porque mais de um terço Este é um livro bastante interessante n que se propõe, pena que na forma como é executado deixe um pouco a desejar. Digo isso porque mais de um terço do livro, em seu início, é feito de prefácios, já que esta que eu li é a sétima edição. Então os prefácios recontextualizam coisas que o leitor ainda não viu. O que vejo aqui é que faltou uma mão do editor no livro para dar alguns toques de que ordem elas deveriam ser colocadas ao longo do livro. Isso porque os capítulos introdutórios são como uma empiria da pesquisa, que apresenta dados que corroboram a dominação masculina na pesquisa e na valorização da pesquisa. E então, sim, entramos nos capítulos teóricos, que eu acho os mais interessantes e dos quais eu extraí mais elementos para futuros textos. Dessa forma, se eu fosse editar esse livro colocaria em primeiro lugar a parte teórica, depois a parte empírica e por fim as notas correcionais, que de prefácios se transformariam em posfácios. Às vezes não nos damos conta de como a ordem das seções de um livro podem impactar na nossa leitura, mas elas impactam bastante e é importante ter noção desses arranjos para uma fluidez melhor da leitura. ...more
Eu já havia lido um outro livro desta coleção, "Técnicas de Escrita", de Howard S. Becker, durante o mestrado. Agora, retorno a ela durante o doutoradEu já havia lido um outro livro desta coleção, "Técnicas de Escrita", de Howard S. Becker, durante o mestrado. Agora, retorno a ela durante o doutorado para ler Sobre o artesanato intelectual e outros ensaios, de C. Wright Mills, da mesma coleção da Zahar. Neste livro o sociólogo compara o artíficio de escrever sociologicamente com a produção artesanal, e porque não dizer também, com a forma artística de produzir e negociar aquilo que possa ser considerado com arte. Claro aqui ele usa a palavra "craft" que tem muito mais a ver com criações físicas do que com criações visual, então ficamos mais com a comparação com o artesão, mas também com o artista, com a pessoa de humanas em que a comparação "vender minhas miçangas na praia" cabe bem. Mills diz que escreve sociologicamente é algo instintivo, que vamos sem muitas metologias de escrita para o que produzimos, mirando o produto final. Nesse sentido, a escrita vai no "feeling" muito parecido com o das artes e do design, onde aquilo que agrada, sem ter muitas justificativas formais e nominais, é o que acaba ficando como certo. Um livro feito mais para saber romper da suas amarras do que se aferrar a outras. Bem interessante....more
Baixei esse livro em alguns lugares ermos e vis da internet porque estava procurando uma metodologia para um artigo e queria saber o que é essa tal auBaixei esse livro em alguns lugares ermos e vis da internet porque estava procurando uma metodologia para um artigo e queria saber o que é essa tal autoetnografia que tanto falam e que parece ser uma nova metodologia bastante popular pelo menos em estudos de gringos (já que no Brasil a realidade é bem mais precária). Então lendo este livro escrito a seis mãos por três autores diferentes acabei percebendo que o que fiz no produto do meus mestrado foi propriamente um trabalho de autoetnografia - sim, pelo menos no produto - e que ele seguiu algumas técnicas e parâmetros que eu acabei estabelecendo ao estudar um trabalho autoetnográfico de outrem. Assim, lendo o que os autores deste livro, Autoethnography têm a dizer, percebo que estava trilhando às cegas por uma caminho já trilhado. E que, no final, acabei me saindo bem ser ter que ler um livro inteiro sobre isso. Claro, talvez se eu tivesse lido livros assim na época eles me ajudariam a justificar algumas coisas no trabalho e a defender com mais segurança os padrões que encontrei. Mas enfim, né, é o que dizem o trabalho só está completo quando você diz que o completou. E mesmo assim, depois, ainda surgem outras coisas que seria muito interessantes para compementá-los. ...more
Coolhunting e Pesquisa de Tendências: Observar, Identificar e Mapear as Tendências e Mentalidades Emergentes do Consumidor, é o segundo volume da coleCoolhunting e Pesquisa de Tendências: Observar, Identificar e Mapear as Tendências e Mentalidades Emergentes do Consumidor, é o segundo volume da coleção Tendências, Futuro e Inovação, pela editora Actual, de Portugal, e escrito por Luis Rasquilha. É um livro bastante informativo sobre a análise e construção de tendências. Na verdade este livro é uma aula. Muitas vezes dizer que um livro é um aula pode ser um baita elogio. Aqui quer dizer que ele tem uma estrutura de aula - ou seja, não que o livro seja ruim, é um aula boa - mas ainda assim o livro parece uma apresentação de Power Point que foi passada para um livro. Aparentemente nem o autor e nem a editora tiveram o cuidado de transformar essa aula numa linguagem que seja própria de um livro, por mais que o conteúdo seja valioso. Ele traz bastante casos de listas de itens e esquematizações e sentimos falta de um conteúdo mais aprofundado dentro de cada seção do livro. Mais uma vez: o livro tem um ótimo conteúdo, mas o formato errado. Provavelmente funcionaria melhor como uma videoaula do que um apanhado de itens e esquemas. ...more
Este é mais um livro da Editora Marca de Fantasia que explora os meandros da pesquisa através do método da análise do discurso. Em tempos de MasterCheEste é mais um livro da Editora Marca de Fantasia que explora os meandros da pesquisa através do método da análise do discurso. Em tempos de MasterChef nada mais interessante que ler o artigo de Edielide Godoi sobre a identidade da culinária paraibana. Em tempos de perseguição ideológica, nada melhor que rever suas certezas quando JJ Domingos nos fala mais sobre homossexualidade e o discurso religioso. Também importante, e com diversos highlights interessantes sobre o uso do corpo, vem os textos de Eliza Freitas e Regina Baracuhy, sobre a inclusão do corpo deficientes nas práticas do discurso. Representatividade é a palavra. Menos quando o corpo saudável é manipulado pela mídia para se encontrar um ideal nunca atingido, como Tãnia Pereira analisa as capas da revista Veja pensando através do conceito de bipoder de Michel Foucault. Por último, mas não menos importante, temos uma análise através da análise de discurso nas charges, realizada por Emmanuele Monteiro, que se embrenha na Análise do Discurso francesa de Michel Pêcheux. Em tempos em que tantos impropérios vêm sendo deferidos e desferidos contra o povo por nossos governantes, nada mais útil que usar a análise do discurso como ferramenta de defesa. E de ataque. Estes textos fornecem algumas armas e armaduras. ...more
Mapeando Cenas da Música Pop: Cidades, Mediações e Arquivos, Volume I é um livro importantíssimo não apenas pare se pensar o mapeamento das cidades a Mapeando Cenas da Música Pop: Cidades, Mediações e Arquivos, Volume I é um livro importantíssimo não apenas pare se pensar o mapeamento das cidades a partir de sua produção musical, mas também os demais mapeamentos culturais que podem ser realizados. Além disso, o livro também traz o importante texto Cenas visíveis e invisíveis, de Will Straw traduzido pela primeira vez em português, que é deveram importante para se pensar o conceito de cena. O interessante da grande maioria dos artigos presentes aqui neste livro é como a cena revela uma identidade compartilhada entre aqueles que produzem a cultura e aqueles que consomem esse tipo de cultura. Seja no rock gaúcho, nos raps da COHABs, nos bailões e nos maxixes, existe essa identificação construindo identidades das cidades e dos locais onde essas manifestações se apresentam. Assim podemos perceber que o conceito de cena cultural tem a ver com identidades culturais. Mais do que isso, com memória cultural e que o consumo desse tipo de manifestações nos transforma e nos forma enquanto cidadãos com noções de memória, identidade, comunidade e de diversidade cultural. A cena cultural de uma cidade se assemelha bastante ao funcionamento em miniatura de uma identidade nacional. ...more
Diferente do outro livro que li do mesmo autor, Marcelo Bolshaw Gomes, editado pela Marca de Fantasia, este Máscaras me pareceu seguir um projeto editDiferente do outro livro que li do mesmo autor, Marcelo Bolshaw Gomes, editado pela Marca de Fantasia, este Máscaras me pareceu seguir um projeto editorial mais disperso, por mais que os super-heróis estivessem no foco de suas preocupações. O primeiro capítulo, Teoria Narrativa e Arte Sequencial me pareceu trazer uma forma de investigar os quadrinhos complicada e intrincada demais para a simplicidade da leitura de uma revista em quadrinhos. Com isso eu não quero dizer que os quadrinhos não possam ser profundos, mas que outros tipos de análises menos esfalfantes podem revelar essa mesma profundidade. Depois o autor passa a investigar os super-heróis, Batman, Superman, Mulher-Maravilha, depois os supervilões e conecta a religiosidade e a ritualidade a todos eles. Por fim, ele tenta estabelecer um quadrado semiológico para as histórias em quadrinhos, mas creio que se o autor reduzir os quadrinhos de super-heróis ao quadrado que sugeriu, dessa forma sim, teremos revelada uma pouca profundidade nas histórias em quadrinhos. O livro teria sido bem mais coerente se o primeiro e último capítulos não estivessem incluídos. ...more
Watchmen e a Teoria do Caos, de Gian Danton, publicado pela editora paraibana Marca de Fantasia é um livros dos pioneiros tanto na popularização do esWatchmen e a Teoria do Caos, de Gian Danton, publicado pela editora paraibana Marca de Fantasia é um livros dos pioneiros tanto na popularização do estudo dos quadrinhos quanto em um viés acadêmico dado a uma obra específica da cultura pop. É um livro pequeno em tamanho e em número de páginas, mas rico em informações e análises. Fala sobre as relações que se estabelecem entre o estudo científico chegando até os arranjos e desarranjos da Teoria do Caos com a cultuada graphic novel de super-heróis realistas cunhada por Alan Moore e Dave Gibbons. Eu já havia lido este livro quando comecei a me interessar pelo estudo mais profundo dos quadrinhos lá em 2005, quando o livro foi lançado pela primeira vez. Lendo este livro quase 15 anos depois percebo a sua importância e pioneirismo para o cenário de estudos de quadrinhos que se constrói hoje em dia no Brasil. O livro conta ainda com uma análise página a página da edição número 5 de Watchmen com o remarcável perfume Nostalgia, das indústrias Veidt rodopiando pelo ar em uma cena emblemática de revelações na seminal graphic novel. Recomendo a leitura. ...more
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